A Harpa do Crente - Cap. 5: DEUS Pág. 72 / 117

o invisível eixo range o globo:

O vento o bosque ondeia:

Retumba ao longe o mar: da vida a força

A natureza anseia!

Quem, dignamente, ó Deus, há-de louvar-Te,

Ou cantar Teu poder?

Quem dirá de Teu braço as maravilhas,

Fonte de todo o ser,

No dia da Criação; quando os tesouros

Da neve amontoaste;

Quando da Terra nos mais fundos vales

As águas encerraste?!

E eu onde estava, quando o Eterno os mundos,

Com dextra poderosa,

Fez, por lei imutável, se librassem

Na mole ponderosa?

Onde existia então? No tipo imenso

Das gerações futuras;

Na mente do meu Deus. Louvor a Ele

Na Terra e nas alturas!

Oh, quanto é grande o rei das tempestades,

Do raio, e do trovão!

Quão grande o Deus, que manda, em seco estio,

Da tarde a viração!

Por Sua providência nunca, embalde,

Zumbiu mínimo insecto;

Nem volveu o elefante, em campo estéril,

Os olhos inquieto.





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