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Capítulo 5: DEUS

Página 74

Soberbo, sem temor, saiu na margem

Do caudaloso Nilo,

O corpo monstruoso ao sol voltando

Medonho crocodilo.

De seus dentes em roda o susto habita;

Vê-se a morte assentada

Dentro em sua garganta, se descerra

A boca afogueada:

Qual duro arnês de intrépido guerreiro

É seu dorso escamoso;

Como os últimos ais de um moribundo

Seu grito lamentoso:

Fumo e fogo respira quando irado;

Porém, se Deus mandou,

Qual do norte impelida a nuvem passa,

Assim ele passou!

Teu nome ousei cantar! Perdoa, ó Nume;

Perdoa ao teu cantor!

Dignos de ti não são meus frouxos hinos

Mas são hinos de amor.

Embora vis hipócritas te pintem

Qual bárbaro tirano:

Mentem, por dominar com férreo ceptro

O vulgo cego e insano.

Quem os crê é um ímpio! Recear-te

É maldizer-te, ó Deus;

É o trono dos déspotas da Terra

Ir colocar nos Céus.

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pág. 74 (Capítulo 5)

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Capa do livro A Harpa do Crente
Páginas: 117
Página atual: 74

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
A SEMANA SANTA 1
A VOZ 32
A ARRÁBIDA 35
MOCIDADE E MORTE 56
DEUS 71
A TEMPESTADE 76
O SOLDADO 82
D. PEDRO 92
A VITÓRIA E A PIEDADE 96
A CRUZ MUTILADA 106