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Capítulo 6: A TEMPESTADE

Página 77
a noite!

Quando pelos pinhais, entre o granizo,

Ao sussurrar das ramas,

Vibrando sustos, pavorosa ruges

E assolação derramas,

Quem porfiar contigo, então, ousara

De glória e poderio;

Tu que fazes gemer pendido o cedro,

Turbar-se o claro rio?

Quem me dera ser tu, por balouçar-me

Das nuvens nos castelos,

E ver dos ferros meus, enfim, quebrados

Os rebatidos elos.

Eu rodeara, então, o globo inteiro;

Eu sublevara as águas;

Eu dos volcões com raios acendera

Amortecidas fráguas;

Do robusto carvalho e sobro antigo

Acurvaria as frontes;

Com furacões, os areais da Líbia

Converteria em montes;

Pelo fulgor da Lua, lá do Norte

No Pólo me assentara

E vira prolongar-se o gelo eterno,

Que o tempo amontoara.

Ali, eu solitário, eu rei da morte,

Erguera

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Capa do livro A Harpa do Crente
Páginas: 117
Página atual: 77

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
A SEMANA SANTA 1
A VOZ 32
A ARRÁBIDA 35
MOCIDADE E MORTE 56
DEUS 71
A TEMPESTADE 76
O SOLDADO 82
D. PEDRO 92
A VITÓRIA E A PIEDADE 96
A CRUZ MUTILADA 106