meu clamor,
E dissera: «Sou livre, e tenho império;
Aqui, sou eu senhor!»
Quem se pudera erguer, como estas vagas
Em turbilhões incertos,
E correr, e correr, troando ao longe,
Nos líquidos desertos!
Mas entre membros de lodoso barro
A mente presa está!...
Ergue-se em vão aos céus: precipitada,
Rápido, em baixo dá.
Ó morte, amiga morte!, é sobre as vagas,
Entre escarcéus erguidos,
Que eu te invoco, pedindo-te feneçam
Meus dias aborridos:
Quebra duras prisões, que a natureza
Lançou a esta alma ardente;
Que ela possa voar, por entre os orbes,
Aos pés do Omnipotente.
Sobre a nau, que me estreita, a prenhe nuvem
Desça, e estourando a esmague,
E a grossa proa, dos tufões ludíbrio,
Solta, sem rumo vague!
Porém, não!... Dormir deixa os que me cercam
O sono do existir;
Deixa-os, vãos sonhadores de esperanças
Nas trevas do porvir.