K desceu então da cama e o pintor seguiu-o com as telas na mão. Imediatamente encontraram um oficial de diligências — desta vez, K. reconheceu-o logo por causa do botão dourado colocado junto dos botões do seu faro civil — e o pintor entregou-lhe as telas e disse-lhe que acompanhasse K. K. mais parecia cambalear do que andar, conservando o seu lenço junto à boca. Estavam quase a chegar à saída quando as raparigas surgiram a correr ao seu encontro, de tal modo que a K. não foi poupado mesmo este encontro. As raparigas tinham obviamente visto a porta do atelier abrir-se e haviam dado a volta a toda a pressa a fim de entrarem. «Não posso acompanhá-lo mais adiante», disse o pintor, rindo quando as raparigas o rodearam. Bate ao nosso próximo encontro. E não leve muito tempo a decidir-se!» K. nem sequer voltou a cabeça. Quando chegou à rua, fez sinal ao primeiro táxi que ia a passar. Tinha de se ver livre do oficial de diligências, cujo botão dourado lhe perturbava a vista, embora provavelmente escapasse à atenção de outras pessoas. Zeloso no cumprimento do seu dever, o oficial de diligências subiu para o lado do condutor, mas K. fê-lo descer Já passava muito do meio-dia quando K. chegou ao Banco. Teria preferido deixar as telas no táxi, mas receou que um dia mais tarde o pintor lhas pudesse pedir. Assim, transportou-as para o seu gabinete e fechou-as na última gaveta da sua secretária, para que, pelo menos durante os próximos dias, o subgerente não se apercebesse delas.