Eveline sentou-se perto da janela espiando o anoitecer que vinha invadindo a Avenida. Quando a sua cabeça tocou as cortinas, desprendeu-se destas um cheiro de tecido poeirento. Eveline sentia-se cansada.
Àquela hora andava pouca gente na rua.
Um homem que vivia lá adiante passou a caminho de casa; era claramente perceptível o ruído das suas passadas no pavimento cimentado. Lá longe ficavam as casas vermelhas. Nos velhos tempos não havia ali construções; era um terreno aberto às brincadeiras das crianças. Foi então que um senhor de Belfast comprou aquilo e começaram a aparecer casas - não casas peque- nas e vulgares, mas sim grandes edifícios de tijolo com telhados resplandecentes. Nos velhos tempos, Eveline e os seus irmãos brincavam ali com os Devines, os Waters e os Dunns. Só Ernest nunca brincava; já era demasiado crescido. Quantas vezes o pai de