Eveline os tinha enxotado com a sua velha bengala preta!... Em geral o pequeno Keogh conseguia adivinhar a vinda dele, e então safavam-se com presteza. Como tinham sido felizes!.. Nessa altura o pai não era assim tão mau, e a mãe ainda era viva. Quanto tempo já tinha passado sobre isso!... Agora, ela e os irmãos já não eram mais crianças e a mãe tinha morrido. Tizzie Dunn também morrera e os Waters tinham volta- do para Inglaterra. Tudo mudara. Agora era a vez de ela partir como os outros, deixar a sua casa.
A sua casa! Percorreu com o olhar todos os objectos do quarto que tinha limpo de pó durante tantos anos; talvez não tornasse a ver aqueles objectos familiares dos quais nunca pensara separar-se. E no entanto, durante aqueles anos todos, nunca tinha conseguido saber o nome daquele padre que se via numa fotografia amarelada, que estava pendurada por cima do órgão partido, perto duma pintura de promessas feitas à Abençoada Margaret Mary Alacoque. Ela sabia que o padre tinha sido um amigo de escola de seu pai. Sempre que mostrava a fotografia a alguma visita, o pai costumava dizer:
- Ele agora está em Melbourne.
Eveline tinha consentido em ir-se embora, em deixar a sua casa. Teria essa resolução