Orgulho e Preconceito - Cap. 22: Capítulo XXII Pág. 136 / 414

- Minha cara senhora - replicou ele -, o convite é particularmente agradável, porque é o que eu esperava receber, e pode estar certa de que eu o aceitarei tão depressa quanto me for possível.

Todos ficaram surpresos. Mr. Bennet, que não desejava de modo algum uma volta tão rápida, disse imediatamente:

- Mas não haverá perigo da desaprovação de Lady Catherine? Seria melhor desdenhar os seus parentes do que correr o risco de ofender a sua protetora.

- Meu caro senhor - replicou Mr. Collins -, agradeço-lhe a amável previdência; pode ficar certo de que não tomarei tal decisão sem o consentimento de Sua Senhoria.

- Todo o cuidado é pouco. Arrisque tudo, menos incorrer no descontentamento daquela senhora. E, se o senhor achar provável que o fato de nos tornarmos a ver possa acarretar algum aborrecimento, coisa que acho extremamente provável, fique sossegado em sua casa e esteja certo de que não nos ofenderemos.

- Acredite, meu caro amigo, que lhe fico muito grato pela sua atenção tão cordial. E pode ficar certo de que o senhor receberá em breve uma carta minha, agradecendo esta e todas as demais provas de afeição que recebi durante a minha visita ao Hertfordshire. Quanto às minhas encantadoras primas, embora a minha ausência seja curta, tomo a liberdade de lhes desejar saúde e felicidade, sem exceptuar a minha prima Elizabeth.

As senhoras então se retiraram, com as cortesias habituais, muito surpreendidas com a intenção que ele manifestara de voltar em breve. Mr. Bennet interpretou-a como o desejo de fazer a corte a uma das suas filhas mais moças. E Mary poderia ter sido levada a aceitá-lo. Ela prezava os talentos de Mr. Collins, muito mais do que qualquer uma das outras. Havia uma solidez nas reflexões de Mr.





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