Orgulho e Preconceito - Cap. 10: Capítulo X Pág. 53 / 414

Mr. Darcy sorriu, mas Elizabeth acreditou perceber que ele tinha ficado ofendido e por isto conteve a risada. Miss Bingley, ressentida com o ridículo que o outro sofrerá, censurou violentamente o irmão pelas tolices que dissera.

- Eu compreendo a sua intenção, Bingley - disse o amigo -, você detesta discussões e quer acabar com esta.

- Talvez. As discussões se assemelham às disputas. Se você e Miss Bennet quiserem adiar a sua até que eu saia da sala, ficarei muito agradecido. Depois poderão falar o que quiserem a meu respeito.

- O que o senhor pede - disse Elizabeth - não é um sacrifício da minha parte, e, quanto a Mr. Darcy, acho que ele precisa acabar a sua carta.

Mr. Darcy aceitou o conselho e terminou a carta.

Finda esta ocupação pediu a Miss Bingley e a Elizabeth que executassem um pouco de música. Miss Bingley se dirigiu alegremente para o piano e, depois de um amável oferecimento a Elizabeth para que ela começasse, oferecimento que a outra rejeitou, com a mesma amabilidade e maior ênfase, sentou-se e começou. Mrs. Hurst cantou com a irmã e, enquanto isto, Elizabeth, que folheava cadernos de música que estavam sobre o piano, não pôde deixar de observar que os olhos de Mr. Darcy se voltavam frequentemente na sua direção. Não podia supor que fosse um

objeto de admiração para um homem tão importante. No entanto, achava ainda mais estranho que ele a estivesse olhando por antipatia. Acabou imaginando, entretanto, que o que lhe atraía a atenção era algo errado e repreensível que existia na sua pessoa, e que contrastasse, aos olhos de Mr. Darcy, com as qualidades dos outros presentes. A suposição não a penalizou. Darcy lhe era indiferente demais para que desejasse a sua aprovação.

Depois de tocar algumas canções italianas, Miss Bingley atacou uma alegre canção escocesa e pouco depois Mr.





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