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Capítulo 13: Capítulo 13

Página 235
Então, endireitou-se, dirigiu-se para a lareira e quedou-se aí a contemplar as achas crepitantes, as cinzas alvacentas como geada e as línguas palpitantes das chamas.

- Estou à espera, Basil - disse o jovem, numa voz dura, nítida.

Voltou-se e exclamou:

- O que tenho a dizer é o seguinte: você tem de responder às acusações horríveis que lhe são assacadas. Se me disser que são absolutamente falsas, do princípio ao fim, acreditá-lo-ei. Negue-as, Dorian, negue-as! Não vê o que eu sofro? Deus meu! Não me diga que é mau, que é corrupto e torpe.

Dorian Gray sorriu. Franziu os lábios numa expressão de desprezo.

- Suba, Basil - disse placidamente. - Tenho um diário onde está a minha vida anotada dia a dia e que nunca sai do quarto onde é escrito. Mostrar-lho-ei, se vier comigo.

- Irei, Dorian, se assim o deseja. Vejo que já perdi o comboio. Deixá-lo. Posso ir amanhã. Mas não me peça que leia coisa alguma. O que eu quero é uma resposta clara à minha pergunta.

- Ser-lhe-á dada lá em cima. Não lha podia dar aqui. Não levará muito tempo a ler...

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Capa do livro O Retrato de Dorian Gray
Páginas: 335
Página atual: 235

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Capítulo 1 1
Capítulo 2 3
Capítulo 3 23
Capítulo 4 47
Capítulo 5 67
Capítulo 6 91
Capítulo 7 110
Capítulo 9 142
Capítulo 10 165
Capítulo 11 181
Capítulo 12 195
Capítulo 13 225
Capítulo 14 236
Capítulo 15 246
Capítulo 16 265
Capítulo 17 279
Capítulo 18 293
Capítulo 19 301
Capítulo 20 313