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Capítulo 19: Capítulo 19

Página 304
Saltou do carro, e, havendo ordenado ao moço que recolhesse a égua, dirigiu-se para o seu hóspede, através de fetos secos e plantas bravas.

- Boa caça, Geoffrey? - perguntou.

- Não muito boa, Dorian. Parece-me que a maior parte das aves fugiram para o descampado. Talvez se obtenha melhor resultado depois do almoço, indo para outro sítio.

Dorian seguiu a seu lado. O ar estimulante e balsâmico, as luzes castanhas e vermelhas que fulgiam no bosque, os estridentes gritos dos batedores, que de vez em quando faziam retumbar as suas buzinas, as detonações das espingardas fascinavam-no e enchiam-lhe a alma duma sensação de deliciosa liberdade. Sentia-se dominado pela despreocupação da felicidade, pela alta indiferença da alegria.

De súbito, duma pequena espessura de mato, a umas vinte jardas na sua frente, saltou uma lebre que procurava acoitar-se num maciço de amieiros. Sir Geoffrey levou a arma ao ombro, mas havia no animal uma tal graça de movimento, que estranhamente encantou Dorian Gray,

- Não atire, Geoffrey! - exclamou. - Deixe-a viver!

- Que tolice, Dorian! - respondeu, rindo, o seu companheiro; e, quando a lebre saltou para o maciço, disparou. Ouviram-se dois gritos: o grito duma lebre ferida, que é terrível, e o grito dum homem agonizante que é pior.

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pág. 304 (Capítulo 19)

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Capa do livro O Retrato de Dorian Gray
Páginas: 335
Página atual: 304

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Capítulo 1 1
Capítulo 2 3
Capítulo 3 23
Capítulo 4 47
Capítulo 5 67
Capítulo 6 91
Capítulo 7 110
Capítulo 9 142
Capítulo 10 165
Capítulo 11 181
Capítulo 12 195
Capítulo 13 225
Capítulo 14 236
Capítulo 15 246
Capítulo 16 265
Capítulo 17 279
Capítulo 18 293
Capítulo 19 301
Capítulo 20 313