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Capítulo 4: Capítulo 4

Página 65
- Gosto muito de ler livros para pensar escrevê-los, Sr. Erskine. Gostaria, sim, de escrever uma novela; novela que fosse ao mesmo tempo encantadora e irreal, como um tapete persa. Mas não há em Inglaterra público literário, a não ser para jornais, breviários e enciclopédias. De todos os povos do mundo são os Ingleses quem menos possui a noção da beleza literária.

- Talvez tenha razão - respondeu o Sr. Erskine.

- Eu próprio tive ambições literárias, mas renunciei a elas há muito. E agora, meu caro amiguinho, se assim me permite tratá-lo, dá-me licença que lhe pergunte se tudo o que nos disse ao almoço traduzia realmente o seu pensamento?

- Já me esqueci do que disse - sorriu Lord Henry.

- Disse coisas inconvenientes?

- Muito. Efectivamente, eu considero-o extremamente perigoso, e, se alguma coisa suceder à nossa boa duquesa, todos nós o consideraremos fundamentalmente responsável. Mas gostaria de conversar consigo acerca da vida. A geração a que pertenço era muito aborrecida. Um dia, quando estiver fatigado de Londres, venha a Treadley expor-me a sua filosofia do prazer, saboreando um admirável Borgonha que tenho a dita de possuir.

- Teria nisso muito prazer. Uma visita a Treadley seria um grande privilégio. O seu proprietário é perfeito e a sua biblioteca igualmente perfeita.

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Capa do livro O Retrato de Dorian Gray
Páginas: 335
Página atual: 65

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Capítulo 1 1
Capítulo 2 3
Capítulo 3 23
Capítulo 4 47
Capítulo 5 67
Capítulo 6 91
Capítulo 7 110
Capítulo 9 142
Capítulo 10 165
Capítulo 11 181
Capítulo 12 195
Capítulo 13 225
Capítulo 14 236
Capítulo 15 246
Capítulo 16 265
Capítulo 17 279
Capítulo 18 293
Capítulo 19 301
Capítulo 20 313