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Capítulo 1: Capítulo 1

Página 13

— Amigo, portanto, como parece por esse raciocínio, será o homem bom e inimigo o mau?

— Sim.

— Ordenas-nos, pois, que acrescentemos ao que dizíamos inicialmente acerca da justiça que é justo fazer bem ao amigo e mal ao inimigo; agora, além disso, deve-se dizer que é justo fazer bem ao amigo bom e mal ao inimigo mau?

— Perfeitamente — disse ele —, assim parece-me bem expresso.

— Portanto — repliquei —, é próprio do justo fazer mal a quem quer que seja?

— Sem dúvida — respondeu — que é preciso fazer mal aos maus que são nossos inimigos.

— Mas os cavalos a que fazemos mal tornam-se melhores ou piores? — Piores.

— Relativamente à virtude dos cães ou à dos cavalos?

— A dos cavalos.

— E os cães a que se faz mal tornam-se piores, relativamente à virtude dos cães, e não à dos cavalos?

— Assim é.

— Mas os homens, camarada, a quem se faz mal, diremos de igual modo que se tornam piores, relativamente à virtude humana?

— Absolutamente.

— Ora, a justiça não é virtude humana?

—Assim é, também.

— Portanto, meu amigo, os homens a quem se faz mal tornam-se necessariamente piores.

— Assim parece.

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Capa do livro A República
Páginas: 290
Página atual: 13

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Capítulo 1 1
Capítulo 2 45
Capítulo 3 71
Capítulo 4 102
Capítulo 5 129
Capítulo 6 161
Capítulo 7 189
Capítulo 8 216
Capítulo 9 243
Capítulo 10 265