- Frederick Tabb - prosseguiu o primo da minha mulher -, "único intermediário de comunicação entre os vivos e os mortos, proprietário dos espíritos de Byron, Kirke White, Grimaldi, Tom Cribb e Inigo Jones." Isto já se aproxima!
- Não há nada que seja suficientemente romanesco objectei.
Deus do Céu, então pode lá imaginar-se um fantasma com um olho inchado, um lenço atado à volta do corpo ou a dar saltos perigosos e perguntando: "Como vai comportar-se amanhã?"
Bastou esta ideia para me aquecer a tal ponto que esvaziei o copo e voltei a enchê-lo.
- Aqui temos outro - disse o meu interlocutor. "Christophe McCarthy, sessões hebdomadárias, às quais se apresentam todos os espíritos eminentes dos tempos antigos e modernos: horóscopos, encantamentos, abracadabras, mensagens dos defuntos." Poderia ajudar-nos. Não obstante, eu próprio irei à caça amanhã, e verei alguns destes sujeitos. Conheço os locais que eles frequentam, e seria singular se não encontrasse qualquer coisa barata. Temos o negócio fechado - concluiu atirando o registo para um canto -', e agora vamos tomar qualquer coisa.
Tomámos muitas coisas - e mesmo tantas coisas que as minhas faculdades inventivas se achavam obscurecidas na manhã seguinte, e tive alguma dificuldade quando quis explicar a Mrs. d'Odd por que tinha pendurado as botas e os óculos na mesma patera do meu restante vestuário, antes de meter-me na cama.
As novas esperanças que fizera nascer em mim o tom seguro usado pelo meu agente ao encarregar-se da comissão ajudaram-me a vencer de um modo triunfante os efeitos do álcool.
Percorri os corredores complicados, as salas antigas, imaginando antecipadamente o aspecto da aquisição aguardada e escolhendo a parte do edifício que melhor se harmonizasse com a sua presença.
