Agathe abriu olhos espantados.
- Mas há apenas alguns dias, dizia que tudo isso era muitíssimo interessante e que estava decidido a levar até ao fim as suas experiências.
- Bem sei, mas depois mudei de opinião.
- E renunciou por completo?
- Sim.
- Oh!, como fico contente, Austin! Nem imagina como o seu rosto se tem mostrado pálido e cansado nestes últimos tempos. Era na realidade o principal motivo que nos impedia de ir agora a Londres; não queríamos deixá-lo quando parecia tão deprimido. E os seus modos também se modificaram de uma forma por vezes muito estranha... sobretudo naquela noite em que deixou o pobre professor Pratt-Haldane frente a frente com o seu jogo. Estou convencida de que estas experiências agem muito prejudicialmente sobre os seus nervos.
- Também o creio, minha querida.
- E também sobre os nervos de miss Penelosa. Ouviu dizer que ela adoeceu?
- Não.
- Mrs. Wilson contou-nos. Descreveu-nos o seu estado como uma febre nervosa. O professor Wilson volta na próxima semana e mrs. Wilson deseja ardentemente que então miss Penelosa esteja restabelecida, porque ele tem um programa completo de experiências que espera levar a bom termo.
Fiquei contente por ter a promessa de Agathe.
Já chegava que esta mulher tivesse um de nós nas suas garras.
Por outro lado, fiquei perturbado ao saber da doença de miss Penelosa.
Aqui está o que reduz em muito a importância da vitória que me pareceu alcançar a noite passada.
Recordo-me de ter ouvido dizer que a diminuição da saúde lhe prejudicava o poder.
Foi talvez, portanto, por isso que resisti tão facilmente. Bom, bom!, devo tomar os mesmos cuidados esta noite; e que veja bem o que irá suceder.
Sinto um pavor infantil quando penso nela.