Se lá me virem, se puder conversar um pouco com os decanos da Universidade, muito terei feito para provar que seria injusto retirarem-me a minha cátedra.
11 e 30 da noite. Fui ao baile.
Charles Sadler e eu fomos juntos, mas parti antes dele. Contudo, aguardá-lo-ei em minha casa, porque receio
abandonar-me ao sono durante estas noites.
É um rapaz alegre, prático, cuja conversação me há-de enrijar os nervos.
Em suma, o serão foi excelente.
Conversei com todos os homens que possuem alguma influência e creio ter-lhes provado que a minha cátedra ainda não está vaga.
A velhaca estava presente nesse baile. Não podia dançar, mas ficou sentada com mrs. Wilson.
Muitas vezes os seus olhares fixaram-se em mim.
Foi quase a última coisa que vi quando espreitei a sala. A dado momento, quando me achava sentado obliquamente em relação a ela, espiei-a e vi que seguia alguém com o olhar.
Era Sadler que dançava então com a mais nova das meninas Thurston.
A julgar pelo ar desta jovem é bom para ele não estar tão estreitamente dominado pela velhaca como eu estou. Não sabe do que escapou.
Creio ouvir as seus passos na rua, vou descer para deixá-lo entrar. Se quiser...
4 de Maio. Porque saí assim a noite passada? Não desci ou, pelo menos, não tenho nenhuma ideia de tê-lo feito. Mas, por outro lado, não consigo recordar-me de ter-me deitado.
Esta manhã tenho uma das mãos muito inchada e não me recordo absolutamente nada de ter-me ferido.
Por outro lado, sinto-me muito bem após a festa de ontem.
Mas não posso compreender como é que não me encontrei com Charles Sadler, quando tinha tanto desejo de falar com ele.
É possível, Deus meu, é mais do que provável. Ela ter-me-la levado mais uma vez a algum sabat?
Vou a casa de Sadler e interrogá-lo.
