»«Esse falso mercador, que viaja sob o nome de Achmet, está agora na cidade de Agra e deseja entrar no forte. Tem como companheiro de viagem o meu irmão de leite Dost Akbar, que conhece o seu segredo. Dost Akbar prometeu trazê-lo esta noite para o forte e vem por este portão. Devem estar a chegar, e aqui me encontrarão a mim e a Mahomet Singh à espera deles. O sitio é isolado, ninguém saberá da sua vinda. O mercador Achmet desaparecerá da face da Terra, mas o grande tesouro do rajá será dividido entre nós. Que diz a isto, sahib?»
»Em Worcestershire a vida de um homem é considerada uma coisa sagrada; mas é muito diferente quando se está rodeado de fogo e sangue, habituado a encontrar a morte a cada esquina. Que o mercador Achmet vivesse ou morresse, não me interessava, mas ao ouvir falar do tesouro fiquei entusiasmado, pensando no que poderia fazer com ele na minha terra, e como a minha gente ficaria espantada ao ver este pária voltar com os bolsos cheios de moedas de ouro. Já me tinha decidido. Abdullah Khan, porém, pensando que eu hesitava, insistiu no assunto.
»«Veja, sahib», disse ele, «que, se esse homem for apanhado pelo comandante, será enforcado ou fuzilado, e as jóias apreendidas pelo Governo, de modo que ninguém lucrará com isso. Mas, se formos nós a apanhá-lo, por que não havemos de fazer o resto?