O Sinal dos Quatro - Cap. 8: 8 - O Bando de Baker Street Pág. 71 / 133

- Pior ainda! Os nossos homens ficariam a saber que alguém anda à procura deles e sairiam do país. Tal como as coisas estão, o mais provável é fazerem-no, mas enquanto pensarem que estão em segurança não terão pressa. As actividades de Jones vão-nos ser úteis, pois o seu ponto de vista certamente que surgirá na imprensa diária, e os fugitivos pensarão que toda a gente está na pista errada.

- Que vamos fazer? - perguntei, quando desembarcámos perto da Penitenciária de Millbank.

- Apanhar este cabriolé, ir para casa, tomar o pequeno-almoço e dormir um pouco. Parece que vamos passar mais umas noites acordados. Cocheiro! Pare numa estação de telégrafo! Vamos ficar com o Toby, pois ainda nos pode vir a ser útil.

Parámos na estação dos correios de Great Peter Street.

Holmes enviou o seu telegrama.

- Sabe para quem era? - perguntou, quando recomeçámos a viagem.

- Não faço a mínima ideia.

- Lembra-se do corpo policial de detectives da divisão de Baker Street que contratei no caso de Jefferson Hope?

- Muito bem - respondi, rindo.

- Poderão prestar-nos uma preciosa ajuda neste caso.

Se falharem, tenho outros recursos, mas vou tentar primeiro com eles. O telegrama era para o safado tenentezinho Wiggins. Espero que ele e o seu bando cheguem antes de terminarmos o pequeno-almoço.

Estávamos entre as oito e as nove horas. Sentia uma forte reacção devida aos sucessivos acontecimentos excitantes daquela noite. Estava sem energia, estafado, tinha a mente embotada e o corpo cansado. Não possuía o entusiasmo profissional que impelia o meu companheiro, nem conseguia considerar o caso como um mero problema intelectual abstracto. Quanto à morte de Bartholomew Sholto, não ouvira dizer muito dele e não sentia uma intensa antipatia pelos seus assassinos.





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