- Inteiramente, se me ajudar a encontrar os homens.
- Bem, então, em primeiro lugar quero que um barco da polícia, veloz, uma lancha a vapor, esteja em Westminster Stairs às sete horas.
- Isso arranja-se facilmente. Há sempre um por ali, mas posso ir telefonar para ter a certeza.
- Quero também dois homens fortes para o caso de haver resistência.
- Irão dois ou três no barco. Mais alguma coisa?
- Quando prendermos os homens apanharemos o tesouro. Creio que será um prazer para o meu amigo levar o cofre à jovem que tem direito a metade do tesouro. Deixe que seja ela a primeira a abri-lo. Hem, Watson?
- Terei muito gosto nisso.
- É um procedimento ilegal - disse Jones, abanando a cabeça. - Mas como tudo isto é ilegal, acho que podemos fechar os olhos. O tesouro deve ser depois entregue às autoridades até ser concluída a investigação oficial.
- Com certeza. Não haverá problema. Um outro ponto: gostaria muito de conhecer alguns pormenores acerca deste caso contados pelo próprio Jonathan Small. Sabe que gosto de conhecer todos os pormenores dos meus casos. Não se opõe a que eu tenha uma conversa não oficial com ele, em minha casa ou noutro sítio qualquer, sob vigilância eficiente?
- Bem, você é o senhor da situação. Ainda não me provaram a existência desse tal Jonathan Small. No entanto, se conseguir apanhá-lo, não vejo que lhe possa recusar uma conversa com ele.
- Está então combinado?
- Claro. Há mais alguma coisa?
- Apenas o meu convite para que jante connosco. O jantar estará pronto daqui a meia hora. Tenho ostras, dois galos silvestres e um vinho branco seleccionado. Watson, ainda não teve oportunidade de reconhecer os meus méritos gastronómicos!