O Sinal dos Quatro - Cap. 10: 10 - O Fim do Homem da Ilha Pág. 93 / 133

- Assim nunca chegaria a prendê-los. Esse tal Small é um tipo muito esperto. Mandaria alguém vigiar e se suspeitasse de qualquer coisa ficaria escondido mais uma semana.

- Mas você podia não ter largado Mordecai Smith e ser assim conduzido até ao local do esconderijo - disse eu.

- Nesse caso desperdiçaria o meu dia. Não é nada provável que Smith saiba onde eles vivem. Enquanto tiver bebida, e for bem pago, por que haveria de fazer perguntas? Mandam-lhe recados a dizer o que deve fazer. Não, reflecti bastante acerca de todas as soluções possíveis, e esta é a melhor.

Enquanto decorrera a conversa, passáramos sob as muitas pontes que atravessam o Tamisa. Por altura da City, os últimos raios de sol batiam na cruz da cúpula da catedral de S. Paulo. Anoitecia quando chegámos à Torre de Londres.

- Ali é o estaleiro Jacobson - disse Holmes, apontando para uma série de mastros e cordame de navios que se viam para os lados do Surrey. - Naveguem lentamente por trás desta fila de barcaças. - Tirou do bolso um par de binóculos e olhou durante algum tempo para a margem. - Estou a ver a minha sentinela no seu posto - observou -, mas não há sinal do lenço.

- E se descêssemos um pouco o rio e ficássemos à espera deles? - disse Jones, impacientemente.

Estávamos todos impacientes, até os polícias e os fogueiros, que tinham uma ideia muito vaga do que se antecipava.

- Não devemos tomar nada como garantido - respondeu Holmes. - O mais provável é que desçam o rio, mas não podemos ter a certeza. Daqui vemos a estrada do estaleiro e dificilmente seremos vistos. Vai estar uma noite clara e haverá muita luz. Olhe a quantidade de gente ali em baixo sob a luz dos candeeiros.

- Estão a sair do trabalho no estaleiro.





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