A Harpa do Crente - Cap. 1: A SEMANA SANTA Pág. 3 / 117

A natureza

Foi a primeira em celebrar seu nome

Neste dia de luto e de saudade!

Trevas da quarta-feira, eu vos saúdo!

Negras paredes, mudos monumentos

De todas essas orações de mágoa,

De gratidão, de susto ou de esperança,

Depositadas ante vós nos dias

De fervorosa crença, a vós que enluta

A solidão e o dó, venho eu saudar-vos.

A loucura da Cruz não morreu toda

Após dezoito séculos! Quem chore

Do sofrimento o Herói existe ainda.

Eu chorarei — que as lágrimas são do homem —

Pelo Amigo do povo, assassinado

Por tiranos, e hipócritas, e turbas

Envilecidas, bárbaras, e servas.

V

Tu, Anjo do Senhor, que acendes o estro;

Que no espaço entre o abismo e os céus vagueias,

Donde mergulhas no oceano a vista;

Tu que do trovador à mente arrojas

Quanto





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