Camões - Cap. 8: CANTO OITAVO Pág. 145 / 177

Maior nome em glória,

Em virtude, inteireza e amor de pátria

Jamais pronunciarão homens da terra.

XXI

Tágides belas, que em meu verso humilde

Os ecos reflectis da voz celeste,

Das imortais canções que lhe inspirastes,

Não mais, não mais que me falece o alento.

Na extenuada lira os sons se quebram,

Como suspiros de oprimido peito.

Diga Urânia bela aos seus validos

Que segredos lhe disse das esferas,

Da vastidão dos orbes, do mistério

Da criação inteira: eu vate humilde

Que só de longe respeitoso sigo

O divino cantor, não ouso a tanto.

XXII

Da ilha namorada o Gama invicto

Singrando vem para o seu pátrio Tejo;

E o Tejo recebeu do Indo e Ganges

Preito rendido e tributário feudo.





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