CANTO SEGUNDO Assim como a bonina, que cortada
Antes do tempo foi cândida e bela,
Sendo das mãos lascivas maltratada
Da menina que a trouxe na capela,
O cheiro traz perdido, a cor murchada,
Tal está morta a pálida donzela,
Secas do rosto as rosas, e perdida
A branca e viva cor coa doce vida
Lusíadas
I
Que sons descompassados troa o bronze
Nas torres do mosteiro? Que ais carpidos,
Que agudos uivos desgrenhadas gritam
Essas mulheres pálidas? Que fúnebres
Alas são essas de homens todos luto,
De escuro vaso e longo dó vestidos?
Que hinos de morte roucos murmurando
Vão esses cabisbaixos sacerdotes?
Que pompa é essa? Um ataúde a fecha.
Orgulho do homem, dás o arranco extremo
Na vaidade da campa. Que grandezas,
Que distinções