CANTO QUARTO Já a vista pouco e pouco se desterra
Daqueles pátrios montes que ficavam;
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Ficava-nos também na amada terra
O coração, que as mágoas lá deixavam
E já, depois que toda se escondeu.
Não vimos mais enfim que mar, e céu.
Lusíadas
I
- «Quem não teme ir de encontro a seu destino,
E provar-se homem... nas desertas rocas
Do castelo mourisco, sobre a serra
Da Lua, achará prémio, o maior prémio!
E castigo também de sua audácia.
Amanhã no expirar da luz.» - A carta
Mais não dizia. - «Qual estranho enigma!
Prémio, castigo a mim!... A mim! Duvidam
Se tenho coração!... Exigem provas!
Quem? Para quê... Irei? Porque não?... Vamos.
Espera-me talvez a hora querida
Da vingança.