Camões - Cap. 10: CANTO DÉCIMO Pág. 166 / 177

IX

Já se movem as naus; e as altas pontes

Se ouriçam de belígeras falanges.

Redobra o pranto - âncora sobe, antenas

Se expandem... Lá te vás, e para sempre!

Nas pandas asas dos traidores ventos,

Independência, liberdade e glória.

X

- «Que me resta j’agora?» os olhos longos

Para a frota que perde no horizonte,

Consigo o vate diz «O que me resta

Sobre a terra dos vivos? Um amigo,

Um amigo, neste árido deserto

Da vida me falece. Um bordão único

A que me arrime na escabrosa senda,

Me não ficou. O número está cheio

De meus dias, contados por desgraças,

Marcados, um por um, na pedra negra

De fado negro e mau. Posso eu acaso

Nos corações contar dos homens todos

Uma só pulsação que por mim seja?

Posso dizer...» - Gemido, que ouve perto,

O





Os capítulos deste livro