O Garimpeiro - Cap. 13: XIII – OS VIZINHOS Pág. 105 / 147

- E é só esse?

- Ainda há mais outra pessoa; e essa eu daria a minha vida para vê-la, ainda que fosse um instante; mas essa, ai de mim!... essa não pode vir aqui.

- Vá vendo, que é alguma moça bonita.

- É verdade!... muito bonita; bonita como não há nem pode haver nenhuma.

- Mas, meu moço, Vmcê. Está muito doente para pensar agora em moças bonitas. Pense na Virgem Santíssima, que é quem lhe há-de valer.

- Entretanto se essa de quem falo, me aparecesse agora aqui, estou certo que no mesmo instante eu sararia.

- Então é mágica?

- É mais do que isso; é um anjo.

- Anjo!... nesse caso não me canso em ir procura-la, porque é coisa que não existe mais neste mundo.

- Não te canses mesmo, minha velha; tu não a encontrarás; nem ela virá cá. Ela é do céu; não pode descer a este inferno em que estou penando.





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