O Garimpeiro - Cap. 10: X – A AFRONTA Pág. 85 / 147

O Major dava aos diabos o momento em que se lembrara de apresentar a Leonel aquele endiabrado rapaz, e, entendendo que o despeito e o ciúme lhe tinham transtornado o juízo, tratou de dar providências para segurá-lo bem.

Elias rodeado e segurado por uma multidão de esbirros oficiosos, que lhe dirigiam impropérios e baldões, foi dali arrastado para a casa da prisão, enquanto Leonel, cercado por seus amigos, brandia em vão o punhal, vomitando ameaças, e baforando vinganças.

Lúcia trémula e atónita assistira àquela escandalosa cena sem dela nada compreender. Retirou-se como que assombrada para seu quarto; mas, naquele incidente, em que todos viam um deplorável e horrível desacato, ela entrevia como que um lampejo de esperança. Ela, e só ela acreditara nas palavras de Elias, e o julgava cheio de razão.

Leonel retirou-se para sua casa, respirando vingança, mas aterrado dentro d’alma com o aparecimento fatal daquele moço.





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