O Retrato de Dorian Gray - Cap. 9: Capítulo 9 Pág. 164 / 335

Quando do rosto do retrato se houvesse esvaído todo o sangue, deixando atrás de si uma lívida máscara de giz com olhos plúmbeos, ele conservaria o fulgor radioso da adolescência. Não murcharia nem uma só flor da sua beleza. Não afrouxaria uma só pulsação da sua vida. Semelhantemente aos deuses dos Gregos, seria forte, leve e ledo. Que importava o que acontecesse à imagem pintada na tela? Ele ficaria indemne. Era tudo.

Sorrindo, colocou de novo o biombo em frente do retrato e dirigiu-se para o quarto de dormir, onde já o esperava o criado. Uma hora depois achava-se na Ópera. Sobre a sua cadeira apoiava-se Lord Henry.





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