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Capítulo 17: Capítulo 17

Página 288
Nesses momentos, homens e mulheres perdem a liberdade do seu querer. Caminham como autómatos para o seu terrível fim. Não têm a faculdade da escolha, e a consciência, ou é morta ou, se porventura vive, vive apenas para dar à revolta a sua fascinação e à desobediência o seu encanto. Pois todos os pecados, como os teólogos se não cansam de no-lo recordar, são pecados de desobediência. Quando aquele alto espírito, aquela estrela matutina do mal, caiu do céu, foi como rebelde que caiu...

Endurecido, concentrado no mal, com o espírito manchado e a alma faminta de rebelião, Dorian Gray acelerava cada vez mais o passo. Ao meter, porém, por uma lôbrega arcada, por onde muita vez, para encurtar caminho, atravessara para ir ao antro para onde agora se dirigia, sentiu-se bruscamente agarrado por trás, e, antes de ter tempo de se defender, uma mão brutal fincou-se-lhe na garganta e atirou-o contra a parede.

Lutou desesperadamente para se desenvencilhar, e, por um terrível esforço, conseguiu descravar os dedos que ameaçavam estrangulá-lo. Num segundo ouviu o estalido dum revólver, e viu um cano polido luzir-lhe junto à cabeça e, na penumbra, o vulto dum homem baixo e espadaúdo.

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pág. 288 (Capítulo 17)

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Capa do livro O Retrato de Dorian Gray
Páginas: 335
Página atual: 288

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Capítulo 1 1
Capítulo 2 3
Capítulo 3 23
Capítulo 4 47
Capítulo 5 67
Capítulo 6 91
Capítulo 7 110
Capítulo 9 142
Capítulo 10 165
Capítulo 11 181
Capítulo 12 195
Capítulo 13 225
Capítulo 14 236
Capítulo 15 246
Capítulo 16 265
Capítulo 17 279
Capítulo 18 293
Capítulo 19 301
Capítulo 20 313