Camões - Cap. 3: CANTO TERCEIRO Pág. 56 / 177

Ajoelhados

Via os reis de Sião e de Narzinga

Aos pés do vencedor depor os ceptros,

E render, suplicantes, vassalagem

Ao ferro lusitano. Os nobres muros

Vi de Diu estalar, saltar aos ares

Por infernal ardil; e entre as ruínas

Dos inflamados bastiões, - dispersos

Os palpitantes membros desse filho

Por quem não correm lágrimas paternas;

Não, que mártir da pátria é morto o filho.

XVII

«Desse pai venerando - esse Fabrício

Da lusitana história, renovando

Sob os arcos triunfais da ínclita Goa

Altas pompas de Roma, e altas virtudes

Que só geraram Lusitânia e Roma! -

De Vasco, de Pacheco, de Albuquerque

Inflamavam num êxtase de rapto

Meu peito português memórias grandes.

Quem tais milagres d’heroísmo e de honra,

Quem tanta glória a tão pequeno berço

Foi





Os capítulos deste livro