Procurar livros:
    Procurar
Procurar livro na nossa biblioteca
 
 
Procurar autor
   
Procura por autor
 
marcador
  • Sem marcador definido
Marcador
 
 
 

Capítulo 18: Capítulo 18

Página 122

Simão deixou cair a carta, e sentou-se prostrado de ânimo. Mariana correu a levantar a carta, e ele, tomando-lhe a mão, murmurou:

– Pobre amigo!… Choremo-lo ambos… choremo-lo, Mariana, que o amávamos como filhos…

– Pois, morreu? – bradou ela.

– Morreu… mataram-no!…

A moça expediu um grito estrídulo, e foi com o rosto contra o ferro das grades. Simão inclinou-a para o seio, e disse-lhe com muita ternura e veemência:

– Mariana, lembre-se que é o meu amparo. Lembre-se de que as últimas palavras de seu pai deviam ser recomendar-lhe o desgraçado que recebe das suas mãos benfeitoras o pão da vida. Mariana, minha querida irmã, vença a dor que pode matá-la, e vença-a por amor de mim. Ouve-me, amiga da minha alma?

Mariana exclamou:

– Deixe-me chorar, por caridade!… Ai! meu Deus, se eu torno a endoidecer!

– Que seria de mim! – atalhou Simão – A quem deixaria Mariana o seu nobre coração para me suavizar este martírio? Quem me levaria ao desterro uma palavra amiga que me animasse a crer em Deus! Não há-de enlouquecer, Mariana, porque eu sei que me estima, que me ama e que afrontará com coragem a maior desgraça que ainda pode sugerir-me o Inferno! Chore, minha irmã, chore; mas veja-me através das suas lágrimas!

<< Página Anterior

pág. 122 (Capítulo 18)

Página Seguinte >>

Capa do livro Amor de Perdição
Páginas: 145
Página atual: 122

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Capítulo 1 1
Capítulo 2 3
Capítulo 3 10
Capítulo 4 16
Capítulo 5 23
Capítulo 6 29
Capítulo 7 36
Capítulo 8 45
Capítulo 9 55
Capítulo 10 64
Capítulo 11 70
Capítulo 12 81
Capítulo 13 87
Capítulo 14 94
Capítulo 15 101
Capítulo 16 107
Capítulo 17 113
Capítulo 18 119
Capítulo 19 123
Capítulo 20 128
Capítulo 21 133
Capítulo 22 139