Contos de Mistério - Cap. 2: O LOTE N° 249
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- Você está doido - disse. - Que significam as suas palavras? Pretende que eu tenho alguma coisa a ver com o acidente de Lee?

- Sim! - berrou Smith, - Você e o saco de ossos atrás de si. Combinaram tudo isso entre vocês. Vou dizer-lhe Mr. B.! Já não se queimam as pessoas da vossa espécie, mas ainda temos forças e carrascos e, por S. jorgel, se alguém do colégio morre acidentalmente enquanto você está aqui, mando-o prender e, se não balouçar na ponta de uma corda, não será por

culpa minha, acredite! Dar-se-a conta de que os seus ignóbeis truques do Egipto não fazem lei em Inglaterra!

- Você é um louco delirante!

- Muito bem. Lembre-se simplesmente do que lhe disse;

de outro modo poderá comprovar que sou um homem de palavra!

A porta bateu com força; Smith, louco de raiva, subiu para o quarto, fechou a porta à chave e passou a metade da noite a fumar o seu velho cachimbo de barro para melhor meditar sobre os acontecimentos estranhos daquela noite.

Na manhã seguinte, Abercrombie Smith não ouviu nada no apartamento do seu vizinho; mas Harrington veio visitá-lo à tarde para lhe anunciar que Lee estava quase completamente recuperado. Durante todo o dia, Smith tinha trabalhado como um furioso; à noite decidiu fazer uma visita ao seu amigo doutor Peterson a cuja casa quisera ir vinte e quatro horas antes. Um bom passeio e uma conversa amistosa rar-lhe-iarn bem aos nervos excitados.

A porta de Bellingham estava fechada; mas quando se voltou no pátio, a uma certa distância da torrinha, avistou o perfil da cabeça do seu vizinho à janela; a luz do candeeiro iluminava-o em cheio; tinha a cara colada à vidraça como se perscrutasse a escuridão. Como era bom escapar à sua promiscuidade nem que fosse por algumas horas! Smith partiu com passos apressados, respirando o ar da Primavera a plenos pulmões.





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