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Capítulo 3: A ARRÁBIDA

Página 49

Vê-lo, rico de opróbrio, ir assentar-se

Em joelhos nos átrios dos tiranos,

Onde, entre o lampejar de armas de servos,

O servo popular adora um tigre?

Esse tigre é o ídolo do povo!

Saudai-o; que ele o manda: abençoai-lhe

Ó férreo ceptro: ide folgar em roda

De cadafalsos, povoados sempre

De vítimas ilustres, cujo arranco

Seja como harmonia, que adormente

Em seus terrores o senhor das turbas.

Passai depois. Se a mão da Providência

Esmigalhou a fronte à tirania;

Se o déspota caiu, e está deitado

No lodaçal da sua infâmia, a turba

Lá vai buscar o ceptro dos terrores,

E diz: «É meu»; e assenta-se na praça,

E envolta em roto manto, e julga, e reina.

Se um ímpio, então, na afogueada boca

De vulcão popular sacode um facho,

Eis o incêndio que muge, e a lava

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pág. 49 (Capítulo 3)

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Capa do livro A Harpa do Crente
Páginas: 117
Página atual: 49

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
A SEMANA SANTA 1
A VOZ 32
A ARRÁBIDA 35
MOCIDADE E MORTE 56
DEUS 71
A TEMPESTADE 76
O SOLDADO 82
D. PEDRO 92
A VITÓRIA E A PIEDADE 96
A CRUZ MUTILADA 106