Procurar livros:
    Procurar
Procurar livro na nossa biblioteca
 
 
Procurar autor
   
Procura por autor
 
marcador
  • Sem marcador definido
Marcador
 
 
 

Capítulo 4: MOCIDADE E MORTE

Página 69
..

RESIGNAÇÃO

No teu seio, reclinado

Dormirei, Senhor, um dia,

Quando for na terra fria

Meu repouso procurar;

Quando a lousa do sepulcro

Sobre mim tiver caído,

E este espírito afligido

Vir a tua luz brilhar!

No teu seio, de pesares

O existir não se entretece;

Lá eterno o amor florece;

Lá florece eterna paz:

Lá bramir junto ao poeta

Não irão paixões e dores,

Vãos desejos, vãos temores

Do desterro em que ele jaz.

Hora extrema, eu te saúdo!

Salve, ó trevas da jazida,

Donde espera erguer-se à vida

Meu espírito imortal!

Anjo bom, não me abandones

Neste trance dilatado;

Que contrito, resignado,

Me acharás na hora fatal.

E depois... perdoa, ó anjo,

Ao amor do moribundo,

Que só deixa neste mundo

Pouco pó, muito gemer.

<< Página Anterior

pág. 69 (Capítulo 4)

Página Seguinte >>

Capa do livro A Harpa do Crente
Páginas: 117
Página atual: 69

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
A SEMANA SANTA 1
A VOZ 32
A ARRÁBIDA 35
MOCIDADE E MORTE 56
DEUS 71
A TEMPESTADE 76
O SOLDADO 82
D. PEDRO 92
A VITÓRIA E A PIEDADE 96
A CRUZ MUTILADA 106