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Capítulo 6: A TEMPESTADE

Página 79

Doce mãe do repouso, extremo abrigo

De um coração opresso,

Que ao ligeiro prazer, à dor cansada

Negas no seio acesso,

Não despertes, oh, não!, os que abominam

Teu amoroso aspeito;

Febricitantes, que se abraçam, loucos,

Com seu dorido leito!

Tu, que ao mísero ris com rir tão meigo,

Caluniada morte;

Tu, que entre os braços teus lhe dás asilo

Contra o furor da sorte;

Tu, que esperas às portas dos senhores,

Do servo ao limiar,

E eterna corres, peregrina, a Terra

E as solidões do mar,

Deixa, deixa sonhar ventura os homens;

Já filhos teus nasceram:

Um dia acordarão desses delírios,

Que tão gratos lhes eram.

E eu que velo na vida, e já não sonho

Nem glória, nem ventura;

Eu, que esgotei tão cedo, até as fezes,

O cálix da amargura:

Eu, vagabundo e

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pág. 79 (Capítulo 6)

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Capa do livro A Harpa do Crente
Páginas: 117
Página atual: 79

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
A SEMANA SANTA 1
A VOZ 32
A ARRÁBIDA 35
MOCIDADE E MORTE 56
DEUS 71
A TEMPESTADE 76
O SOLDADO 82
D. PEDRO 92
A VITÓRIA E A PIEDADE 96
A CRUZ MUTILADA 106