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Do meu país querido
A praia ainda beijei,
E o velho e amigo cedro
No vale ainda abracei!
Nesta alma regelada
Surgiu ainda o gozo,
E um sonho lhe sorriu
Fugaz, mas amoroso.
Oh, foi sonho da infância
Desse momento o sonho!
Paz e esperança vinham
Ao coração tristonho.
Mas o sonhar que monta,
Se passa, e não conforta?
Minh’alma deu em terra,
Como se fosse morta.
Foi a esperança nuvem,
Que o vento some à tarde:
Facho de guerra aceso
Em labaredas arde!
Do fratricídio a luva
Irmão a irmão lançara,
E o grito: ai do vencido!
Nos montes retumbara.
As armas se hão cruzado:
O pó mordeu o forte;
Caiu: dorme tranquilo:
Deu-lhe repouso a morte.
Ao menos, nestes campos
Sepulcro conquistou,
E o adro dos estranhos
Seus ossos não guardou.
pág. 85 (Capítulo 7)