Procurar livros:
    Procurar
Procurar livro na nossa biblioteca
 
 
Procurar autor
   
Procura por autor
 
marcador
  • Sem marcador definido
Marcador
 
 
 

Capítulo 7: O SOLDADO

Página 88

Que me importa o loureiro da encosta?

Que me importa da fonte o ruído?

Que me importa o saudoso gemido

Da rolinha sedenta de amor?

Que me importam outeiros cobertos

Da verdura da vinha, no Estio?

Que me importa o remanso do rio,

E, na calma, da selva o frescor?

Que me importa o perfume dos campos,

Quando passa da tarde a bafagem,

Que se embebe, na sua passagem,

Na fragrância da rosa e aleli?

Que me importa? Pergunta insensata!

É meu berço: a minha alma está lá...

Que me importa... Esta boca o dirá?!

Minha pátria, estou louco... menti!

Eia, servos! O ferro se cruze,

Assobie o pelouro nos ares;

Estes campos convertam-se em mares,

Onde o sangue se possa beber!

Larga a vala!, que, após a peleja,

Todos nós dormiremos unidos!

Lá, vingados, e do ódio esquecidos,

Paz faremos.

<< Página Anterior

pág. 88 (Capítulo 7)

Página Seguinte >>

Capa do livro A Harpa do Crente
Páginas: 117
Página atual: 88

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
A SEMANA SANTA 1
A VOZ 32
A ARRÁBIDA 35
MOCIDADE E MORTE 56
DEUS 71
A TEMPESTADE 76
O SOLDADO 82
D. PEDRO 92
A VITÓRIA E A PIEDADE 96
A CRUZ MUTILADA 106