Esta coluna, cheia de confusão e de perturbação (porque os Gauleses, mesmo nas menores expedições, arrastam sempre com eles uma multidão de carros), ainda mal se pusera em movimento e já o dia a surpreende: formam em frente do campo as tropas em armas, para que os Romanos não se ponham a persegui-las antes que a coluna das bagagens esteja já distante. César que achava não dever atacar tropas preparadas para a resistência por causa do escarpado da colina, não hesitava contudo em mandar avançar as suas legiões o bastante para que os Bárbaros não pudessem retirar sem perigo sob a sua ameaça. Vendo então que o pântano que separava os dois campos podia incomodá-lo e atrasar, pela dificuldade em transpô-lo, a rapidez da sua perseguição, vendo também que a elevação (202) que estava para lá do pântano quase chegava ao campo inimigo, de que estava separada apenas por um pequenino vale, lança pontes de caniçados sobre o pântano, faz passar as legiões, e chega rapidamente ao planalto do cume da colina, que um declive rápido protegia nos seus dois f1ancos. Ali volta a formar as legiões, chega ao extremo da colina, e alinha as suas tropas para batalha numa posição, de onde os dardos das máquinas podiam cair sobre as fileiras inimigas.
XV - Os Bárbaros, confiantes nas suas posições, não recusando combater se os Romanos se esforçassem por trepar a colina, e não ousando mandar embora as suas tropas em pequenos grupos, com medo de as ver desmoralizadas pela sua dispersão, permaneceram em linha de batalha. Vendo a sua resolução, César, deixando vinte coortes em armas, marca o campo naquele lugar e ordena que o entrincheirem. Terminados os trabalhos, forma as suas legiões diante da fortificação, coloca os cavaleiros na vanguarda com os cavalos sofreados.