Teve a primeira e a segunda linha em armas, empregou a terceira nos entrincheiramentos. Esta posição estava, como se disse, mais ou menos a seiscentos passos do inimigo. Ariovisto para lá enviou cerca de dezasseis mil homens de tropas ligeiras com toda a sua cavalaria, para assustar os nossos e impedir os seus trabalhos. No entanto, fiel ao seu plano, César ordenou às duas primeiras linhas que enfrentassem o inimigo e à terceira que terminasse o trabalho. Uma vez fortificado o campo, deixou lá duas legiões e uma parte das auxiliares; levou as outras quatro para o grande campo.
L - No dia seguinte, segundo o seu uso, César fez sair as tropas dos dois campos e tendo avançado a alguma distância do grande campo, dispô-las em batalha e ofereceu combate ao inimigo.
Quando viu que mesmo assim o inimigo não avançava, pelo meio-dia reconduziu o exército para o campo. Só então Ariovisto enviou uma parte das suas tropas para dar assalto ao pequeno campo; de um e outro lado se baterem com encarniçamento até à tarde. Pelo pôr-do-sol, Ariovisto reconduziu as tropas ao seu campo, depois de perdas consideráveis dos dois lados. César perguntou aos prisioneiros por que razão Ariovisto não travava uma batalha geral; soube que era costume entre os Germanos que as mulheres consultassem a sorte e fizessem oráculos (39) para saber se chegara ou não o momento de combater; ora, elas diziam «que os Germanos não poderiam ser vencedores, se travassem combate antes da lua nova (40)».
LI - No dia seguinte, César deixou, para guardar os dois campos, as forças que lhe pareceram suficientes; colocou todas as suas tropas auxiliares à vista do inimigo em frente do pequeno campo, querendo, como o número dos seus legionários era inferior ao dos inimigos, iludir quanto ao seu número empregando assim as auxiliares.