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Capítulo 2: Capítulo 2

Página 13
o seu talento. Em Gallaher havia sempre qualquer coisa que impressionava. Mesmo quando se via atrapalhado de dinheiro, mantinha, imperturbável, a sua cara atrevida.

O pequeno Chandler começou a caminhar com 'maior velocidade. Pela primeira vez na sua vida, sentia-se superior às pessoas com quem cruzava. Pela primeira vez, também, revoltou-se contra a falta de estética da Rua Capel. Não havia dúvida; quem quisesse vencer tinha de se ir embora. Em Dublin, nada se conseguia. Enquanto passava pela Ponte de Grattan, olhou para o rio e viu aquelas casas tão pobres. Semelhavam um bando de vagabundos amontoados nas margens, cobertos com os velhos andrajos poeirentos, pasmados com o espectáculo do poente e à espera da primeira aragem para se meterem de novo a caminho. Pensou se seria capaz de escrever um poema expressando a sua ideia. Talvez Gallaher o pudesse publicar em qualquer jornal londrino... Conseguiria escrever algo de original? Não tinha a certeza da ideia que iria desenvolver, mas sentiu que um «momento poético» o invadia. E andou corajosamente para a frente.

Cada passo o transportava para mais perto de Londres e o afastava cada vez mais da sua sóbria e pouco artística vida.

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Capa do livro Gente de Dublin
Páginas: 117
Página atual: 13

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Capítulo 1 1
Capítulo 2 9
Capítulo 3 30
Capítulo 4 36
Capítulo 5 52
Capítulo 6 58
Capítulo 7 63
Capítulo 8 69
Capítulo 9 78
Capítulo 10 86