o choro era cada vez mais convulso. Olhou para o rosto da criança, muito contraído, e começou a ficar alarmado. Contou sete soluços seguidos e apertou, cheio de susto, o filho contra o peito. Se ele morresse!...
A porta abriu-se de repente e uma mulher entrou a correr.
- Que foi? Que foi? - gritou ela.
A criança, quando ouviu a voz da mãe, entrou num paroxismo de soluços.
- Não é nada, Annie... não é nada... Ele começou a chorar...
- Que lhe fizeste? - gritou a mulher, olhando-o severamente no rosto.
O pequeno Chandler aguentou por um momento o olhar, e o coração encolheu-se-lhe, ao ver o ódio que os olhos dela exprimiam. E gaguejou:
- Não foi nada... ele... ele começou a chorar... eu não pude fazer nada...
Annie, deixando de lhe prestar atenção, iniciou um passeio de um lado para o outro, com a criança apertada nos braços, murmurando:
- Meu pequenino!... Meu querido!... Como foi que te assustaste, amor? Vamos, filho! Querido cordeirinho da mamã, não chores mais!...
O pequeno Chandler sentiu a vergonha subir-lhe às faces, e procurou a obscuridade. Deixou-se ficar escutando, enquanto o choro da criança diminuía de intensidade; nos seus olhos nasceram, então, lágrimas de arrependimento.