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- Cartas! Cartas!
Limparam a mesa. Villona voltou para o piano e tocou música saltitante. Os outros rapazes iam jogando jogos sobre jogos. Beberam à saúde da rainha de copas e da rainha de ouros. O jogo subiu altíssimo e o dinheiro começou a correr abundantemente. Jimmy não sabia bem quem estava a ganhar, mas sabia que estava a perder. A culpa era sua, porque muitas vezes confundia as cartas; os outros é que calculavam por ele. Um grupo levado do diabo, divertido. Jimmy, porém, desejaria que parassem; já se estava a fazer tarde. Alguém ergueu um brinde ao iate - «A Bela de Newport» -, e alguém propôs um grande jogo para final.
O piano silenciara. Villona devia ter ido para o deck. Era um jogo terrível. Quase no fim, pararam e beberam pela felicidade. Jimmy percebeu que o jogo estava entre Routh e Ségouin. Que excitação!... Jimmy também estava transtornado; perderia, certamente Ao certo, quanto apostara? Os homens levantaram-se, para jogar as últimas cartadas. Falavam e gesticulavam. Routh ganhou. A cabina estremeceu com o barulho que os rapazes fizeram. As cartas foram apanhadas da mesa. Começaram a fazer as contas. Farley e Jimmy eram os que perdiam mais.
Jimmy sabia que, na manhã seguinte, lastimaria a noitada, mas naquela ocasião estava contente, muito contente. Passou os cotovelos sobre a mesa e encostou a cabeça às mãos, contando as pulsações nas têmporas. A porta da cabina abriu-se, e apareceu o húngaro, banhado por uma claridade acinzentada.
- O nascer do dia, meus senhores!...