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Capítulo 11: Capítulo 11

Página 184
Cabelo de oiro, olhos azuis, lábios róseos - tudo isso lá estava. Só a expressão é que mudara. Era horrível na sua crueldade. Comparados com o que no retrato via de censura ou repulsa, que fúteis haviam sido os remoques com que Basil exprobara o seu procedimento para com Sibyl Vane! que fúteis, que insignificantes! Era a sua própria alma que da tela o fitava e o chamava a prestar contas. Velou-lhe o rosto uma turbação de dor e atirou a rica mortalha para cima do quadro. Neste momento, ouviu uma pancada na porta. Passou imediatamente para o outro lado do biombo, precisamente na ocasião em que entrava o criado.

- Já aqui estão os homens, senhor.

Sentiu que, primeiro que tudo, precisava de se ver livre do criado. Nunca lhe deveria permitir saber para onde ia o retrato. Havia nele uma certa manha, tinha os olhos pensativos, ardilosos. Sentando-se à escrivaninha, rabiscou um bilhete para Lord Henry, pedindo-lhe que lhe enviasse alguma coisa para ler e lembrando-lhe que se deviam encontrar às oito e um quarto.

- Espere a resposta - disse, entregando o bilhete ao criado - e mande entrar os homens para aqui.

Passados dois ou três minutos, bateram de novo à porta. Era o próprio Sr. Hubbard, o célebre fabricante de molduras da Rua South Audley, acompanhado dum jovem ajudante de aspecto rude.

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Capa do livro O Retrato de Dorian Gray
Páginas: 335
Página atual: 184

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Capítulo 1 1
Capítulo 2 3
Capítulo 3 23
Capítulo 4 47
Capítulo 5 67
Capítulo 6 91
Capítulo 7 110
Capítulo 9 142
Capítulo 10 165
Capítulo 11 181
Capítulo 12 195
Capítulo 13 225
Capítulo 14 236
Capítulo 15 246
Capítulo 16 265
Capítulo 17 279
Capítulo 18 293
Capítulo 19 301
Capítulo 20 313