O Retrato de Dorian Gray - Cap. 12: Capítulo 12 Pág. 209 / 335

Gostava do oiro rubro da pedra solar, da alvura aljofarada da pedra lunar e do íris partido da opala. Mandou vir de Amsterdão três esmeraldas de tamanho extraordinário e dum colorido sem par, e possuía uma turquesa da vieille roche que era a inveja de todos os conhecedores.

Descobriu também histórias maravilhosas sobre jóias."

Na Clericalis Disciplina de Alphonso , citava-se uma serpente de olhos de autêntico jacinto, e na história romântica de Alexandre conta-se que o conquistador de Emátia encontrara no vale do Jordão «cobras que tinham no dorso colares de genuínas esmeraldas». Narrava Filóstrato que existia uma pedra preciosa no cérebro do dragão e que «bastava a exibição de letras de oiro e dum manto escarlate» para o monstro cair em letargia e poder ser morto. No dizer do grande alquimista Pierre de Bonifare, o diamante tornava um homem invisível e a água da Índia dava-lhe eloquência. A cornalina aplacava a ira, o jacinto provocava o sono e a ametista dissipava os fumos da embriaguez.





Os capítulos deste livro