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Capítulo 12: Capítulo 12

Página 213
Nenhum Inverno lhe maculara o rosto ou crestara a floração radiosa da sua mocidade. Como era diferente o que sucedia com as coisas materiais! Que destino tiveram? Onde estava o grande manto de açafrão feito pelas mãos de raparigas morenas para gozo de Atena e pelo qual os deuses pelejaram contra os gigantes? Que era feito do enorme velário que Nero estendera sobre o Coliseu, esse gigantesco toldo púrpura em que rutilava o céu estrelado e Apoio conduzia um carro puxado por corcéis de rédeas douradas? Tinha uma ânsia veemente de ver as curiosas toalhas executadas para o sacerdote do Sol, em que se ostentavam todos os primores e todas as iguarias inerentes a um festim; o pano mortuário do rei Chilperico, com as suas trezentas abelhas de oiro; os fantásticos mantos que excitavam a indignação do bispo de Pontus, em que figuravam «leões, panteras, ursos, cães, florestas, rochas, caçadores - tudo, em suma, o que um pintor pode reproduzir da natureza»; e o casaco usado por Carlos d'Orléans, em cujas mangas estavam bordados os versos duma canção que começava assim: «Madame, je suis tout joyeux», tendo o acompanhamento musical tecido a fio de oiro, e cada nota (quadrada, segundo o uso da época) formada por quatro pérolas.

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pág. 213 (Capítulo 12)

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Capa do livro O Retrato de Dorian Gray
Páginas: 335
Página atual: 213

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Capítulo 1 1
Capítulo 2 3
Capítulo 3 23
Capítulo 4 47
Capítulo 5 67
Capítulo 6 91
Capítulo 7 110
Capítulo 9 142
Capítulo 10 165
Capítulo 11 181
Capítulo 12 195
Capítulo 13 225
Capítulo 14 236
Capítulo 15 246
Capítulo 16 265
Capítulo 17 279
Capítulo 18 293
Capítulo 19 301
Capítulo 20 313