Que bela fora outrora a vida! Que sumptuosidade na sua pompa e na sua decoração! Só o ler as descrições do fausto e da magnificência dos tempos idos já era um deslumbramento!
Voltou depois a sua atenção para os bordados e para as tapeçarias que representavam o papel dos frescos nas álgidas salas das nações setentrionais da Europa. Quando aprofundava o assunto - e tinha sempre uma extraordinária faculdade de se absorver absolutamente em tudo aquilo que empreendia - quase o entristecia o pensar na ruína em que o Tempo subvertia as coisas belas e maravilhosas... Ele, no entanto, escapara... Passava o Verão, sucedia-se outro, os amarelos junquilhos floriam e morriam muitas vezes, noites de horror repetiam a história da sua vergonha, ele, porém, permanecia incólume!