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Capítulo 13: Capítulo 13

Página 233
Você dispõe duma prodigiosa influência. Utilize-a para o bem, não para o mal. Dizem que corrompe todos aqueles com quem cria intimidade, e que basta a sua entrada numa casa para a vergonha a infamar. Não sei se é assim ou não. Como o havia eu de saber? Mas dizem-no a seu respeito. Disseram-me coisas que parece impossível pôr em dúvida. Lord Gloucester era um dos meus melhores amigos em Oxford. Mostrou-me uma carta que a esposa lhe escrevera, quando estava a morrer, sozinha, na sua villa de Mentone. O seu nome achava-se envolvido na confissão mais terrível que eu jamais ouvi. Disse-lhe que era absurdo, que o conhecia perfeitamente, que você era incapaz de assim proceder. Disse-lhe que o conhecia! Conheço-o, porventura? Pergunto-o a mim mesmo... Para poder responder, teria de lhe ver a alma!...

- Ver-me a alma! - murmurou Dorian Gray, levantando-se do sofá e pondo-se quase lívido de medo.

- Sim - respondeu Hallward, gravemente e com a voz abafada pela emoção -, ver-lhe a alma. Mas só Deus é que a pode ver.

Dos lábios do jovem saltou uma acerba risada de escárnio.

- Vai vê-la já! - exclamou, agarrando num candeeiro. - Venha: saiu das suas mãos. Porque não há-de contemplar a sua obra?

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pág. 233 (Capítulo 13)

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Capa do livro O Retrato de Dorian Gray
Páginas: 335
Página atual: 233

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Capítulo 1 1
Capítulo 2 3
Capítulo 3 23
Capítulo 4 47
Capítulo 5 67
Capítulo 6 91
Capítulo 7 110
Capítulo 9 142
Capítulo 10 165
Capítulo 11 181
Capítulo 12 195
Capítulo 13 225
Capítulo 14 236
Capítulo 15 246
Capítulo 16 265
Capítulo 17 279
Capítulo 18 293
Capítulo 19 301
Capítulo 20 313