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Capítulo 2: Capítulo 2

Página 7
Vivem como todos nós devíamos viver, sossegados, indiferentes, sem inquietações. Nem causam a ruína dos outros, nem a recebem das mãos alheias. A sua situação e a sua riqueza, Henry; o meu cérebro, seja ele o que for, a minha arte, valha ela o que valer; a beleza de Dorian Gray... havemos todos de sofrer por aquilo que os deuses nos deram, e sofrer terrivelmente.

- Dorian Gray? É assim que ele se chama? - perguntou Lord Henry, aproximando-se de Basil. - É. Não lho queria dizer.

- Mas porquê?

- Oh, não posso explicar. Eu nunca revelo os nomes das pessoas de quem gosto imenso. É como que entregar uma parte delas. Amo o segredo. Parece-me ser a única coisa que nos pode tornar a vida moderna misteriosa ou maravilhosa. Só com o ocultá-la tornamos deliciosa a coisa mais banal. Quando me ausento da cidade, nunca digo para onde vou. Se o dissesse, lá se me ia todo o prazer. Será uma tolice, será; mas é um hábito que me parece introduzir na nossa vida o seu quê de romance. Acha, decerto, disparatado o que lhe estou dizendo.

- Nada disso - retorquiu Lord Henry - nada disso, meu caro Basil. Parece-me que você se esquece de que sou casado, e o único encanto do casamento é o tornar absolutamente necessária uma vida de engano mútuo.

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Capa do livro O Retrato de Dorian Gray
Páginas: 335
Página atual: 7

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Capítulo 1 1
Capítulo 2 3
Capítulo 3 23
Capítulo 4 47
Capítulo 5 67
Capítulo 6 91
Capítulo 7 110
Capítulo 9 142
Capítulo 10 165
Capítulo 11 181
Capítulo 12 195
Capítulo 13 225
Capítulo 14 236
Capítulo 15 246
Capítulo 16 265
Capítulo 17 279
Capítulo 18 293
Capítulo 19 301
Capítulo 20 313