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Capítulo 5: Capítulo 5

Página 79
- Henry! Sibyl Vane é sagrada!

- Só nas coisas sagradas é que vale a pena tocar, Dorian - disse Henry, com um estranho toque de comoção na voz. - Mas por que se há-de amofinar? Creio que ela lhe há-de vir a pertencer um dia. Quando a gente está enamorada, começa sempre por se enganar a si e acaba sempre por enganar os outros. É a isso que o mundo chama romance. Conhece-a, ao menos?

- É claro que a conheço. Na primeira noite em que fui ao teatro, o monstro do judeu veio à minha frisa, mal terminou o espectáculo, e ofereceu-se para me acompanhar aos bastidores e apresentar-me a ela. Indignei-me com ele, e disse-lhe que a Julieta havia centenares de anos que estava morta e que o seu cadáver estava sepultado num jazigo de mármore em Verona. Ficou a tal ponto estarrecido, que me pareceu que ficou com a impressão de que eu havia bebido champanhe em demasia.

- Não me surpreende.

- Então perguntou-me se eu escrevia para os jornais. Respondi-lhe que nem sequer os lia. Pareceu-me terrivelmente desapontado com a minha resposta, e fez-me a confidência de que todos os críticos dramáticos se haviam conluiado contra ele e de que não havia um só que se não deixasse comprar.

- Não me admiraria nada, se assim fosse. Mas, por outro lado, a avaliar pelas aparências, a maior parte deles não devem ficar muito caros.

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Capa do livro O Retrato de Dorian Gray
Páginas: 335
Página atual: 79

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Capítulo 1 1
Capítulo 2 3
Capítulo 3 23
Capítulo 4 47
Capítulo 5 67
Capítulo 6 91
Capítulo 7 110
Capítulo 9 142
Capítulo 10 165
Capítulo 11 181
Capítulo 12 195
Capítulo 13 225
Capítulo 14 236
Capítulo 15 246
Capítulo 16 265
Capítulo 17 279
Capítulo 18 293
Capítulo 19 301
Capítulo 20 313