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Capítulo 5: Capítulo 5

Página 89
Com as noções de que dispúnhamos equivocávamo-nos sempre a respeito de nós mesmos e raras vezes compreendíamos os outros. A experiência nenhum valor ético possuía. Era apenas o nome que os homens davam aos seus erros. Os moralistas haviam-na, em regra, considerado como um modo de advertência, haviam-lhe atribuído uma certa eficácia ética na formação do carácter, haviam-na exaltado como alguma coisa que nos ensinava o que devíamos seguir e nos mostrava o que devíamos evitar. Mas na experiência nenhuma força motriz existia. Era uma causa activa tão exígua como a própria consciência. A única coisa que ela deveras demonstrava era que o nosso futuro havia de ser o mesmo que o nosso passado, e que o pecado que nós uma vez havíamos cometido com repugnância o voltaríamos a cometer muitas vezes, e com prazer.

Era para ele evidente que o método experimental era o único método que nos poderia conduzir a uma análise científica das paixões; e certamente Dorian Gray era um assunto que lhe quadrava perfeitamente e parecia prometer ricos e frutuosos resultados. O seu súbito desvairo por Sibyl Vane era um fenómeno psicológico de não pequeno interesse.

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Capa do livro O Retrato de Dorian Gray
Páginas: 335
Página atual: 89

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Capítulo 1 1
Capítulo 2 3
Capítulo 3 23
Capítulo 4 47
Capítulo 5 67
Capítulo 6 91
Capítulo 7 110
Capítulo 9 142
Capítulo 10 165
Capítulo 11 181
Capítulo 12 195
Capítulo 13 225
Capítulo 14 236
Capítulo 15 246
Capítulo 16 265
Capítulo 17 279
Capítulo 18 293
Capítulo 19 301
Capítulo 20 313